A “canarinha” habitou-nos a futebol espectáculo.
Improvisação, malabarismos e dribles que nenhuma outra selecção ousava tentar.
Os tempos mudam, o futebol muda e a prova mais evidente é esta selecção brasileira. Dunga montou uma equipa á sua imagem. Seria tacticamente, de processos simples, forte a defender e eficaz a atacar.
Este Brasil nada tem a haver com aquele que deslumbrou em 78 e 82.
É um “escrete” parecido com o de 94, aquele que Dunga capitaneou.
Acredito que muitos brasileiros não gostem de ver a sua selecção jogar pois nela não se vislumbram Peles, Garrinchas, Ronaldinhos ou Ronaldos.
Temos então um Brasil de versão italiana, rigoroso em termos tácticos e a sua forma de atacar já não é em posse e elaborada a níveis técnicos.
Transições rápidas aproveitando a velocidade de Kaka e Robinho e o instinto matador de Luís Fabiano são as armas.
Os dois médios mais defensivos (Felipe Melo e Gilberto Silva) raramente incorporam o ataque e preocupam-se sobretudo a preencher espaços.
Nas laterais existe equilíbrio. Do lado direito um dos melhores laterais da actualidade, Maicon. Seguro a defender e perigoso quando sobe. Devido a esta capacidade ofensiva de Maicon, Dunga coloca á sua frente médios mais comedidos como são Ramires ou Elano. Lado esquerdo a situação inverte-se.
A extremo encontra-se Robinho, o defesa é André Santos. A menor propensão de Robinho para defender exige um defesa que não se aventure pelo ataque. André Santos cumpre.
Lúcio é o líder da defesa e Júlio César é um guarda redes de topo, há muito que o Brasil não o tinha.
Não é espectacular, é verdade. Mas é eficaz.
A equipa tem uma identidade e poucas selecções podem gabar-se de a terem.
A este nível consigo colocar a Espanha, que manteve a mesma linha do Europeu e penso que a Inglaterra está num bom caminho.
Até a África do Sul muita coisa pode mudar mas este Brasil parte na frente.
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