Após esmiuçar a imprensa internacional, encontro algumas conclusões interessantes quanto à final de Yokohama.
A maioria rende-se à exibição de gala do Barça mas os media do Brasil chegam mais longe e para além de elogiar a equipa de Guardiola também personifica a derrota do Santos como uma derrota colectiva do futebol canarinho.
A forma avassaladora como o Barça venceu o jogo parece ter convencido de vez o público brasileiro que os catalães são de facto a melhor equipa do mundo, e que nenhuma equipa brasileira ou sul-americana se assemelha em qualidade aos Blaugrana.
Na verdade a partida é fácil de resumir, o que se presenciou esta manhã foi uma demonstração cabal da classe e da força deste super Barcelona, que conquista com toda a justiça o título de melhor clube do mundo em 2011.
A entrada do Barça foi fortissima e desde do primeiro minuto não permitiu ao Santos que tivesse o dominio da bola.
A equipa brasileira supreendeu em termos tácticos, Muricy Ramalho colocou o "Peixe" num sistema de 5-3-2 e na minha perspectiva esta decisão acabou por prejudicar a exibição dos brasileiros, e de Neymar em particular.
A utilização de três centrais frente ao Barcelona não faz muito sentido sobretudo se verificarmos que o Barcelona não joga com nenhum avançado fixo.
Aliás Guardiola com as lesões de Villa e Sanchez optou por colocar outro médio no onze inical, Thiago Alcantara, e considerando que do trio de médios do Santos existe um que não participa activamente em tarefas defensivas (Ganso), a missão dos brasileiros revelava-se quase impossível. O valor de 71% de posse de bola do Barça é um indicador incontestável desta mesma vantagem no centro do terreno.
A única forma de anular o Barça passaria por colocar mais homens no meio-campo e apostar na agressividade para recuperar a bola e na velocidade para chegar à baliza de Valdés.
O Santos também não foi uma equipa agressiva, penso que mais devido ao sistema do que devidoaos jogadores, os médios defensivos (Arouca e Henrique) normalmente chegavam atrasados à disputa da bola e isso explica-se pela inferioridade numérica nessa zona.
Quuanto a Messi, voltou a abrir o livro, foi a figura da partida com dois golos contudo era injusto se não elogiasse as performances de três jogadores que são simplesmente fantásticos e em que certos momentos do jogo pareciam estar a realizar exercicios de posse de bola, falo de Xavi, Iniesta e Fábregas.
Impressiona a facilidade com que estes jogadores asseguram a posse de bola, definem o ritmo na organização e como num ápice criam uma situação de finalização.
O resultado de 4-0 não era o mais esperado antes do jogo, muitos acreditavam num jogo equilibrado mas após os 90 minutos tem de se aceitar a goleada.
É natural que agora entremos na discussão quanto a qual a melhor estratégia para travar o Barcelona mas a verdade é que continua a não existir uma fórmula.
O prórpio Real Madrid ainda não a encontrou, o que permite-me concluir que o principal adversário do Barcelona é o próprio Barcelona, só um conformismo e uma falta de motivação resultante do hábito de ganhar parece poder parar este carrosel de bom futebol.
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