Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2012

CAN 2012 (dia 7) : Tunísia e Gabão qualificam-se

Níger 1 -  2 Tunísia

 


 

Dez minutos decorridos de jogo e já dois golos.

 

Primeiro a Tunísia por intermédio de Msakni que repetiu a façanha do jogo de abertura e voltou a marcar numa excelente jogada individual.

 

É de facto o homem a  seguir na selecção da Tunísia, Youssef Mskani, jogador do Esperance de Tunes, médio ofensivo de apenas 21 anos e que tem revelado uma enorme qualidade de drible e também uma boa definição no momento de finalizar.

 

 

O seu golo deu vantagem mas aos 9 minutos o Níger respondeu de imediato ao reduzir por Ngounou, num lance que deixa algumas dúvidas quanto à sua legalidade mas que embalou a equipa para uns interessantes 45 minutos.

 

A Tunísia não conseguiu tomar as redeás da partida e o Níger forçou o 2-1 e só não o conseguiu por mera infelicidade. O avançado Maazou que já tinha deixado bons pormenores confirmou hoje que é um excelente jogador.

 

Muito possante em termos físicos e com uma impressionante capacidade de aceleração, Moussa Maazou conseguiu por duas vezes ultrapassar em velocidade a defesa tunisina mas na hora de marcar falhou o alvo. Durante a transmissão televisiva os comentadores da Eurosport compararam-no a Brian Deane (ex- Benfica) e na verdade existem muitas semelhanças.

 

 

Na minha opinião a grande revelação da CAN até ao momento.

 

Voltando ao jogo, o empate chegou até ao intervalo e a segunda parte adquiriu novas nuances. O Níger não teve a mesma capacidade ofensiva e a Tunísia melhorou, sobretudo devido às substituições que o seu seleccionador Sami Trabelsi efectuou.

 

As entradas de Jamaa e Derragi ofereceram mais qualidade no último terço e o domínio do jogo passou a ser claramente da equipa do Norte de África.

 

O Níger só conseguia responder com lançamentos longos para Maazou e foi notório que o seu meio campo perdeu lucidez nos últimos minutos.

 

Jamaa acabou mesmo por marcar aos 90 minutos numa altura em que se acreditava no empate como resultado final. A Tunisia viu traduzido o seu domínio no segundo tempo com o golo da vitória, ajusta-se o desfecho mas o espírito com que o Níger encarou a partida deve ser ressalvado.

 

Gabão 3 - 2 Marrocos

 

Haviam muitas expectativa em relação a este encontro e elas não foram defraudadas.

 

 

Jogo decisivo para as duas selecções em especial para Marrocos que era obrigado a não perder, talvez por isso a primeira metade tenha sido de domínio marroquino.

 

O Gabão voltou a apostar no trio ofensivo com Aubameyang, N' Guema e Mouloungui mas a bola não chegava em condições a estes três homens pois o meio campo de Marrocos ganhava a luta pela posse de bola.

 

Dois jogadores que aprecio bastante Kharja e Belhanda dominavam a bola e foi dos seus pés que surgiu o primeiro golo.

 

Assistência de Belhanda e golo de Kharja com um remate colocado. Marrocos foi melhor na primeira metade e justificou a vantagem ao intervalo.

 

Ao intervalo uma substituição acabou por alterar o rumo do jogo, todos os elogios vão para o alemão Gernot Rohr, o seleccionar do Gabão, com a entrada de Daniel Cousin para o lugar de N'guema.

 

Cousin é nem mais nem menos que o melhor marcador da história do Gabão e a sua presença foi muito significativa pois conseguiu fixar os defesas centrais de Marrocos e também permitiu que Aubameyang jogasse mais livre sobre o terreno.

 

Daniel Cousin é um ponta de lança um pouco lento mas muito possante e que revela enorme experiência no momento de segurar a bola e de envolver os colegas em jogo.

 

A segunda parte foi intensa, o Gabão nunca deixou de lutar e com a ajuda do seu fantástico público conseguiu dois golos em dois minutos. Aos 77 um grande golo de Aubameyang e aos 79 o "velho" Cousin também facturou.

 

 

O Gabão por toda a atitude e vontade demonstrada justificava a vitória mas este jogo estava longe de estar acabado.

 

Aos 90 minutos um penalty claro a favor de Marrocos e Kharja estabelecia a igualdade. Acreditava-se que tudo tinha acabado ali mas aos 90 + 5 um livre a favor do Gabão e Bruno Mbanangoye Zita (nº 13) à frente da bola.

 

Um remate forte e colocado e o sonho de uma nação dentro da baliza. Prémio justíssimo para este país que tem desenvolvido um excelente trabalho ao nível do futebol nos últimos anos.

 

 

Apurado pela primeira vez para os quartos de final de uma CAN e ainda para mais eliminando um histórico como Marrocos.

 

Arrisquei à uns dias que esta seria a equipa sensação da prova e o jogo de hoje renovou a minha crença.

 

Algo me diz que esta selecção do Gabão ainda vai dar muito que falar.

publicado por A.S às 23:31
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