Pergunto qual terá sido a qualificação mais surpreendente.. A do APOEL num grupo que contava com Zenit , Porto e Shakthar ou a do Lyon que na última jornada anulou a desvantagem de sete golos no coeficiente "goal average" para o Ajax.
Pois a resposta não é fácil e na verdade estou a pedir para comparar dois feitos completamente diferentes.
Comecemos pelos cipriotas que são novos nestas andanças, primeira presença nos oitavos depois de uma fase de grupos surpreendente onde o rigor táctico da equipa foi a grande arma, o FC Porto que o diga.
Cheguei a ler na imprensa que esta equipa lembrava a Grécia do Euro 2004, ena verdade a comparação tem sentido. Sem nenhuma estrela, a capacidade de luta do colectivo sobrepõe-se e são os seus médio mais recuados e defesas que mais dão nas vistas. É aqui que entra o clã português..
Nuno Morais e Hélio Pinto são o motor desta equipa, os dois jogadores portugueses são pendulares e é a sua acção que faz encolher ou esticar o futebol dos campeões cipriotas.
Na baliza destaco o guarda redes espanhol Urko Pardo, é possível até que nem seja titular na eliminatória ( em detrimento de Chiotis) mas na minha opinião as suas exibições foram parte importante na qualificação para os oitavos.
No ataque foi o brasileiro Aílton quem mais impressionou na fase de grupos mas nas últimas tem sido Esteban Solari o goleador da equipa. Só um deverá jogar de inicio, pois o sérvio Jovanovic deve manter-se fiel ao sistema de 4-2-3-1 , que tão bem resultou contra equipas tecnicamente superiores.
O Lyon por sua vez é uma equipa com mais armas em termos individuais mas que a nível colectivo tem desiludido bastante esta época.
A primeira temporada de Rémi Garde como técnico principal (ex- observador) não tem impressionado e em termos tácticos a equipa continua confusa alternando muito de sistema, a dúvida parece eterna entre o 4-3-3 e o 4-4-2.
Nas últimas partidas o 4-4-2 parece ganhar vantagem com Gomis e Lisandro na frente, acredito por isso que será essa a aposta, pelo menos na 1ªmão em casa, no Estádio Gerland.
Dos jogos que acompanhei da equipa francesa, a debilidade que mais pareceu evidente foi a falta de um organizador do jogo ofensivo.
Gourcoff seria o homem indicado para resolver esse problema mas este tarda em afirmar-se na equipa. Sendo assim é Kallstrom quem melhor pensa o jogo do Lyon contudo tal não chega pois o sueco não é propriamente um jogador de último passe.
Sem soluções ao nível do ataque organizado, Michel Bastos é o melhor escape, um defesa/ala/médio esquerdo que é uma verdadeira locomotiva pelo seu corredor e que oferece imensa profundidade.
O brasileiro será fundamental para derrubar o muro cipriota.
A primeira mão é em França e o APOEL será certamente a equipa cautelosa, pragmática e matreira que tanto gosta, o Lyon saberá disso e também saberá que a 2ª mão em Nicosia será uma dura batalha perante os fervorosos adeptos cipriotas.
Existe a dúvida se este APOEL manterá a mesma solidez defensiva já apresentada, passaram alguns meses desde da fase de grupos e isso poderá pesar negativamente na equipa.
No momento do sorteio acredito que os responsáveis do Lyon tenham sorrido de satisfação porém olhando o que tem sido o trajecto das duas equipas na Champions, prevejo equilíbrio na eliminatória.
O favoritismo é dos franceses mas este APOEL pode continuar a surpreender.
Previsão eliminatória: Lyon 60 % - APOEL 40 %
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